Baticum

"Escrito com a maldade que habita toda criança. Mas também feito com o açúcar que acompanha a infância."

A mãe do braço grosso; o pai maníaco com seus maxilares de cavalo; o avô baixo e gordo, borbulhante de risos, e o avô que já nascera ancião compõem o elenco de personagens de Baticum, primeiro livro de Sonia Lins. Lançado em 1978 pela editora Pedra Q Ronca, do poeta Wally Salomão, Baticum é uma afetuosa e irreverente viagem da artista à sua infância em Minas Gerais. A vida cotidiana da Belo Horizonte nos anos 20 e 30, onde as crianças nasciam pela mão da parteira e a família alugava pés de jabuticaba para que os filhos chupassem as frutas, é contada em uma prosa poética, surrealista em alguns momentos, irônica em outros, nunca monótona ou apenas exibicionista. Nas palavras da irmã de Sonia, Lygia Clark: “uma linguagem-natureza, é como a floresta, raízes profundas que se entrelaçam, sombras, galhos”.

O livro surgiu a partir do pedido do amigo e escritor Mário da Silva Brito: “Ele me pediu para escrever um livro sobre as histórias de Belo Horizonte que eu contava”, disse ela no documentário Sonia Lins. Ao invés de lembrar nomes e títulos dos antepassados, Sonia povoou sua infância de pais, avós e tios caricaturais: “Eu descrevia a pessoa só com as características físicas e chegava ao lado de dentro da pessoa”, explicou. Saudado por escritores como Carlos Drummond de Andrade, Baticum teve segunda edição em 2003, do Museu Histórico Abílio Barreto.

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