Mostra Sonia Lins

"passei minha vida
me escondendo
atrás de mim"

Depois de mais de dois anos como uma "ausência presente" – como escreveu em um de seus poemas –, Sonia Lins voltou como "presença ausente" ao Rio de Janeiro, numa mostra baseada na tecnologia. Realizada no Centro Cultural Telemar, atual Oi Futuro, a exposição Sonia Lins usou os meios digitais para evocar as exposições anteriores da artista.

"Não faria sentido tentar reproduzir os trabalhos de Sonia, que eram instalações de grandes dimensões", lembra Claudia Zarvos, colaboradora da artista mineira nas suas três exposições e que assinou a curadoria da mostra póstuma. Dividida em três ambientes, a exposição mostrava os vídeos Meu nome é eu, Zumbigos e Fome, além do documentário de Daniel Zarvos. Os desenhos de Sonia, como os da série Eu, eram apresentados em painéis iluminados. Plotagens de textos e de trabalhos, como a árvore composta por letras, completavam os ambientes, onde só uma obra física foi exposta: o Homem-eu, escultura de um homem tricotado em malha de aço.

A inauguração da mostra, em 2 de junho, marcou também o lançamento do livro Se é para brincar eu também gosto — Um perfil biográfico de Sonia Lins, escrito por Marcel Souto Maior.

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