História de Personagem

Sonia Lins

Diaiamanhecendo e aviões saiam dos ninhos mostrando barriga e axilas depiladas aqueles que tinham saído da cama e levantavam queixo para ver a cor do céu. Sob seus pés barulho de automóvel subindo descendo r de rua que emagrecia. Sol tomara heroína e recusava-se a lançar bile em cima do povo que já o esperava na praia. Enquistado em prédio aparelho de ar condicionado quarto estabelecia silêncio comendo com o som produzido pela rotação do motor o ruído vindo do lado de fora. A claridade entrava através de pálpebras de janelas protegidas por cortina e mergulhava sob cílios da cabeça que dormia. Cabeça com única orelha. A outra escondera-se em recôncavo de travesseiro e frio do ar em vibração raspava perfil adormecido  escanhoando-o. D de ponta de dedos emergiram sob brancura de lençol e mão passou a procurar o fofo do outro travesseiro. Colocou-o sobre própria cabeça fazendo dela sanduíche de sono. Medidor de intensidade sonora acusava 50 decibéis. Ao seu lado relógio cujo rabo ligado a tomada sem tiquetaquear piscava segundos mostrando em faixa de marcador número sempre crescente. A cama do personagem que nascia no livro situava-se em meio de página entre mesas de cabeceira. Em suas margens quadros haviam sido pendurados deixando letras crescerem em espaço não ocupado por eles.

Livrando a cabeça do peso macio, cabeça que passara a ser travesseiro de travesseiro, abriu olhos e ordenou que pés se juntassem e sentando-se na cama tateou tapete com solas de pé em busca de caminho do chão. Retirando corpoalma da cama, ergueu-se fazendo lenções começarem a esfriar.

Sobre tela branca de fronha fios escuros de cabelo continuaram enrodilhados enquanto outros estiravam-se espreguiçando. Tinham deixado nas primeiras páginas do livro o couro cabeludo onde deviam estar plantados. Olhando-os esteve o Personagem, ainda com o vermelho do sono nos olhos e o relógio imparável o preto do rabo atado à parede, rodava números brancos crescendo em centro de mostrador ao passo que outros descreciam em faixa de extrema direita. 8-19-59...8-19-60...8-20-1... Escondido atrás de biombo de tábuas como se fosse mijar o batistaca desprendeu-se de onde estivera pendurado e buscou a terra com rapidez soltando cascata de barulho. Personagem esticou S da espinha e fechando os olhos passou mão pelo escuro de pensamentos tentando estancar cabelos que caiam e retirando-a, fios negros montados em seus dedos apearam em cima de sardas sobre pele de ombro. Esforçava-se por esquecer a notícia que comera na véspera no jornal do café da manhã. Ratos encarecam-se em consequência do ruído produzido por aviões ao decolarem. Emudeceu o arcondicionado e afastou as letras da cortina para o canto da página. Suspendeu o peso da janela e calor entrou como febre dentro de livro. Sobre mesa de cabeceira no amperímetro do medidor de som o ponteiro correu para a esquerda e ficou indeciso entre 300 decibéis. Batistaca tinha acabado de introduzir barra de ferro entre seios de exbaldio terreno. Ondas de som iam ao encontro de fachadas fechadas de prédio procurando janelas e por elas entravam reverberando em conchas de ouvidos, balançando em poleiro de gaiola onde passarinho cantava sem ninguém escutar, soltando sobre os debaixos excrementos e alpistes. Personagem espiou através das entrelinhas do livro onde acordara e começou a viver. Havia sol na calçada céu era invisível. Defronte edifício pronto apresentava-se enchendo peito de ar incomodando passeio já reduzido. Construções comiam espaço emagrecendo rua onde automóveis passavam subindodescendo se acotovelando. Sobre tapete de sol amarelando passeio 1 homem realejava. Debaixo do preto do seu chapéu o ruivo dos cabelos saltavam tremendo impelidos pela mesma força que movia a mão emergida do túnel negro da manga do paletó que acionava manivela de caixa preta de música.

Gente debruçava em janelas procurando com corpo rio de rua onde crianças brincavam crescendo enquanto pulavam. Da ilha preta sobre o claro do passeio despregavam-se notas despertando os que ainda dormiam. Notas se dispersando em compassos para logo depois de aglutinarem unindo mãos, guirlandas formando melodia subindo até andar primeiro.

1 caminhão estacionado à porta da mãe-garagem, grávido de lixo, desovava macacões de homens abóboras usando latas sobre cabeças. Iam buscar lixo dentro das lixeiras e traziam-no sobre pescoço a maneira de perucas desgrenhadas caindo em pontas em cima de ombros levantados. Ao vê-los aproximarem-se o Personagem vislumbrou o chofer sentado até então na boleia, saltar da viatura, encaminhar-se para o lado e puxar para cima as costelas de aço do veículo que arfava. Enchiam-no de entulhos os quais deixavam escapar ao serem despejados cheiroazedo atingindo com seu bafo as notas vomitadas pela caixa preta do realejo parado na esquina. Piscava o olho do relógio preso à parede do quarto e pessoas em janelas dependuradas paravam a respiração e guardavam peito cheio de ar até que na mobilidade do marcador, tempo tivesse morrido mais 1 minuto.

Moviam, comiam, amavam-se, lavavam-se e morriam sobre cabeças outras e debaixo de pés que andavam, dançavam, chinelavam, correndo martelando tetochão.

Antes do r da rua 1 posto de gasolina mijavazul sem interrupção enquanto as garagens assoavam automóveis. Freavam verdevermelhos em cima de calçadas cheirando pedestre.

O padeiro viera entregar pão e desmontou do triciclo, batendo tamanco, acercando-se do preto da caixa que emitia som. Pescou com dois dedos moeda na estreiteza do bolso da calça e passou-a ao dono das notas mais ruivo pelo sol já o atingindo, forçando a manivelá-las com mais força e vigor. Guirlandas de notas fechavam círculos proparoxitonal, multiplicando-se já cavalgando correntes aéreas. Chofer de caminhão parado exortava ao macacão dos homens, gesticulando, pedindo mais lixo. Revolvia com grande pá a comida dentro de ventre aberto de aço e com ela batia na lata de suas paredes chamando-os de volta. Vinham todos quase de vermelho vestidos, bocaberta pelo esforço deixando escapar através de pescoços gritos que misturados a restos de papel, desprendiam de latas alçadas pelo muque dos braços, ensaiavam pequeno voo e na calçada acabavam deitados. Notas de realejo enrolando umaseoutras alcançavam a terceira laje dedificio. Debaixo do preto do chapéu homem ruivo entregou ao padeiro pedaço verde de papel onde sorte escrita fora colhida pelo bico curvo de periquito verde. Grande pá de metal após remexer lixo como se o temperasse, foi recolhida. Macacões com o abóbora de sua cor manchado pelos resíduos que lhes haviam caído por cima, puxaram para baixo o aço de suas comportas compondo barrida de caminhão que arrancou digerindo comida, debaixo de gritos de homens que nele subiam, parando no declive da ladeira para pedir mais. Novos gritos mais baixos encheram rua mais magra e macacões saltando mergulharam o abóbora do pano no escuro das entranhas subterrâneas a cata de intestinos de prédios a fim de esvaziá-los. Vozes subiam pelo canal das lixeiras encontrando latas abertas suicidas de andares mais altos.

R e A comprimiam U emagrecendo rua e crianças vinham acariciá-la com seus patins riscando-a com o ruído de suas rodas. Botões despregavam-se em cores alegres de roupas que corriam e calçada tragava-os como se fossem vitamina.

Deslocou-se de onde estivera sentado porteiro sem farda, músculos fugindo de malha de camisa. Deslizava pela ladeira e notas musicais passavam sobre seu tamanho raspando-lhe a brilhantina do cabelo.

Paria música a caixapreta de som e moça de 13 anos cujos seios enfaixados pelo vestido que não crescia, libertou-se da prisão do elevador que a conduzia para baixo. Aproximava-se apressadamente devagar escondendo alegria atrasada, disfarçando curiosidade pelo futuro. Acompanhava-a nuvem de cheiro de café com leite que acabara de tomar e cabelo em tufos fugia-lhe da cabeça tecendo em testa biombo sobre seus pensamentos. Personagem afastou linhas que formavam frases mantendo-o em jaula de livro e curvou corpo no espaço criado para o lado de fora.

Na fachada de prédio defronte sombra de persianas afastadas de paredes faziam sombra de pestana debaixo de peitoril de janela. Fachada toda ela pastilhada de azul, em pé, como piscina vertical. Debaixo de seu corpo Personagem pode ver vizinha de baixo também debruçada perdendo cabelo escutando barulho enquanto fios outros iam enegrecendo e engrossando na expectativa de colorirem de preto o branco de seu couro cabeludo. Mais crianças nasciam na rua abotoando suspensórios, olhos pregados em caixescura de som.  Debaixo dabapreta de chapéu , mão agora coberta por luva de sol maniculava-a e ninguém podia mais prender o que de dentro escapolia em forma de claves fugindo de pautas que se arrebentavam no ar.

Em prateleira de cima de edifício jovem presa no quarto nada dizia nem escutava, nadava em seus próprios pensamentos que falavam mais alto do que todo ruído que embaixo barulhava. Suava a jovem como meio de comunicação e goteiras pingavam formando nuvens de humidade no azul do céu de estuque debaixo de seus pés.

Batistaca parou de pensar, pôs em ereção a rótula de cilindro rútilo preso dentro da gaiola vertical. Pequeno clarão desprendeu-se fazendo cilindro arremeter-se contra barra de ferro, malhando-a, fazendo voar contra chão, empurrando barra para dentro de terra, rompendo solo, obrigando-o a sangrar como gengiva, estremecendo paredes, tinindo cristais de lustres, balançando flacidez de bochechas, vibrando solas de pés apoiadas em lajes que dividiam estatura de edifícios em listras de andares.

Calor penetrava pelas cavidades das fachadas e apartamentos já se encontravam abastecidos de guirlandas sonoras e mais troncos desnudos suportando cabeças apareciam sem pernas enchendo vazio de janelas que abriam furando parede. Via-se o mamilo do peito do velho do outro lado da rua rodeado de cabelos embranquecendo que sol fazia brilhar. Velho virava-o apontando-o na direção das notas, recebendo-as contra branco do peito junto ao ar fresco da manhã.

Em torno da caixapreta amontoavam pessoas mais baixas e menos altas, mais largas e mais estreitas, algumas de pernas a mostra, outros de peito nu, todos olhando-a, pressentindo seu silêncio súbito. O homem cujo preto do chapéu era impotente para conter amarelo dos seus cabelos, tinha a mão presa na manivela que rodava impulsionando-a com impaciência. Subiam semicolcheias mais depressa que colcheias, semínimas deixando mínimas para traz que atropelavam semibreves que pisavam cabeças de breves. Notas transformavam-se em sacis que dançavam deformando guirlandas fugindo da caixapreta que acionava mão do homem do pretochapéu. Pela vez primeira erguia ele os olhos devassando janelas e o mesmo faziam os que a sua volta estavam dispostos, pedindo aos que escutavam de cima que jogassem embaixo moedas para pagar-lhes mais música e pareciam todos terem ar aflito de quem espera chuva cair.

Personagem deu passo atrás para não ser visto e quase volta à página de onde havia nascido. Viu homem de chapéu preto apertar lábios calando boca de música, enfiar ambos os braços nas alças pretas do realejo. Viu pernas que o rodeavam afastarem-se para deixarem homem passar. Viu pés pretos da caixa quadrupede esticarem-se ao serem erguidos no ar.........relutassem em andar e homem saiu carregando nas costas caixapreta, levando consigo abapreta de chapéu arrastando dentro dela cabelos de molas vermelhas.

Personagem começou a fazer movimentos de ginástica. A máquina do batistaca limpava a garganta ligando motor. Alçava barra de ferro até a altura máxima e soltava-a sobre lâmina de aço rompendo terra, estriando-a. Personagem deitara todas as letras do corpo no chão e sentia-as vibrar debaixo das costas, pernas levantando baixando no ex ato momento que barra violentava terra penetrando solo, erguendo-as de novo ao ouvir novo ronco do motor que punha barra em movimento, flexionando pernas quando açoite enchia rua de dor e estrondo. Ruído entrava pelos olhos de janelas, pendurando em lustres de tetos neles engangorrando antes de caírem em cima de pessoas.

Velha saíra da janela onde estivera durante parte da noite piscando depois de urinar e sentava-se carregando no colo tricô que crescia, como baba preso às agulhas que dedos dirigiam para baixo, para cima, fazendo células de pontos expandirem superfície de malha.

Retesando músculos de novo subiam pernas de Personagem que matinha olhos presos em brilho de coxas endurecidas pelos tendões que teimavam em mantê-las fora do alcance da gravidade da força. Debaixo do debaixo dele, mulher juntava com vassoura letras do......cisco e cigarros da véspera que moradores de cima haviam jogado em sua área e depositava-os nos elevadores do prédio. Era a sua maneira de jogá-los para cima. Rasgando rua com gritos vinha subindo homemarvore de caju, trazendo-os na cabeça, apregoando-os com a força do moreno de sua garganta que inflava toda vez que se ouvia ELKAJU ser gritado na cauda da rua. Bocas mostravam dentes fazendo psius que pulavam janelas e pregões silenciavam enquanto arvorehomem invadia entradas de serviço de prédios, frutas balançando sobre largura de pescoço. Habitantes desciam escadas que subiam ou eram conduzidos por elevadores que desciam depois de haverem subido, contavam 1 dinheiro quente que tiravam dos bolsos e com ele pagavam cajus  que continuavam a amadurecer embora houvessem largado arvorehumana que conduziam, e Elkaju saia do escuro do interior de prédios para debaixo de azul do céu, enchendo bocas de água, bolsos esvaziando daqueles que queriam morde-los e de-glote-ilos. A boca da pesquizofrênica se fechava como cômoda de 4 gavetas. O batistaca batistacava tudo fazendo parar ser ouvido dentro do ouvido. A pesquizofrênica debruçou na janela que dava para o seu lado de dentro para poder espiar-se e começou a conversar com todos os seus órgãos, viajando no rio dentro de suas veias, olhando-se nos espelhos de suas próprias células. Defronte o Personagem calçava sapato e sentindo-o apertar tirou a letra d do dedo que doía, desceu pela janela chegando embaixo mais depressa que o elevador. Lá ônibus com a barriga cheia de gente comeu-o numa esquina e deixou-o na página (tal) do lado direito.

Kalor penetrava cavidades de fachadas e apartamentos estavam repletos de guirlandas sonoras e troncos desnudos suportando kabeças apareciam sem pernas enchendo vazio de janelas que se abriam furando paredes. Via mamilo de peito do velho do outro lado de rua rodeado de cabelos embranquecendo que sol fazia brilhar. Velho virava-o apontando na direção das notas recebendo-as contra carne de peito junto ao ar maisfresco da manhã. Em torno da caixapreta amontoavam pessoas mais altas e mais baixas largas estreitas umas de pernas à mostra outros de peito nu todos olhando-a pressentindo seu silêncio súbito. O homem do chá preto (...) impotente para conter amarelo dos seus cabelos tinha mão presa na manivela impulsionando-a. Subiam semicolcheias, semimínimas deixando mínimas para trás atropelando semibreves subindo em ombros de breves. Notas pretas transformando-se em sacis deformando guirlandas fugindo do preto da caixa acionada pela mão do homem de preto chapéu. Pela vez primeira erguia ele os olhos devassando janelas e o mesmo faziam os que a sua volta estavam parados pedindo aos de cima jogarem moedas para pagar mais música. E tinham todos ar aflito de quem chuva espera cair. Personagem deu passo atrás para não ser visto e voltou a sua terceira página de vida. Viu homem de chapéu preto apertar lábios calando boca de música, enfiar ambos os braços nas alças pretas do realejo. Viu pernas afastarem para deixarem homem passar. Viu pés pretos da caixa quadrupede esticarem ao serem erguidos no ar. E homem saiu carregando caixa preta nas costas, levando consigo a aba preta de chapéu arrastando dentro dela cabelos de molas rubras. Personagem só não viu se era homemulher.

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Aproximava-se apressadamente devagar escondendo alegria atrasada disfarçando curiosidade pelo seu futuro. Acompanhava-a nuvem de cheiro de café que acabara de tomar e kabelos em tufos fugindo do couro cabeludo teciam em testa biombo sobre pensamentos dela.

Personagem afastou linhas que formavam frases mantendo-o em jaula de livro e curvou corpo no espaço criado para o lado de fora. Defronte persianas afastadas de paredes de fachada faziam sombra de pestana debaixo de peitoril de janela. Fachada toda ela pastilhada de azul como piscina vertical. Debaixo de seus pés Personagem pode ver vizinha debaixo também debruçada perdendo cabelo escutando barulho........Mais crianças nasciam na rua com olhos pregados em caixaescura de som. Debaixo dabapreta de chapéu mão agora coberta por luva de sol maniculava-a e ninguém podia prender o que de dentro dele escapolia em forma de claves fugindo de pautas que se desfaziam no ar. Em prateleira de cima jovem presa no quarto nadava em seus próprios pensamentos que abafavam ruído barulhado da rua. Suava jovem e goteiras pingavam formando nuvens no azul de céu de estuque debaixo de seus pés. Batistaka parou de pensar. Pôs em ereção a rótula de cilindro rútilo preso dentro de gaiola vertical. Pequeno clarão desprendeu-se fazendo cilindro arremeter contra barra de ferro malhando-a fazendo-a voar contra chão, empurrando barra para dentro de terra, rompendo selo obrigando-o a sangrar como gengiva, estremecendo paredes tinindo cristais, balançando flacidez de bochechas, vibrando solas de pés apoiadas em lajes que dividiam estaturas dedifícios em listras de andares.

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de deixar escapar de pescoços gritos misturados a restos de papéis desprendidos de latas alçadas pelo muque de braços. Notas de realejo misturando umasemoutras alcançavam terceira laje dedifício. Debaixo de preto de chapéu homem ruivo entregava ao padeiro pedaço de papel onde sorte escrita fora colhida pelo bicucurvo de periquitoverde. Grande pá de metal remexeu lixo temperando-o antes de ser recolhida. Macacões com abóbora de cor manchado pelos resíduos que lhes haviam caído por cima puxaram para baixo o aço de suas comportas compondo barriga de caminhão que arrancou digerindo comida sob gritos de homens que nele subiam. Parou no declive da ladeira para pedir mais. Novos gritos mais baixos encheram rua mais magra e macacões saltando mergulharam o abóbora do pano no escuro de entranhas subterrâneas à kata de intestinos de prédio a fim de esvaziá-los. Vozes subiam pelo canal das lixeiras encontrando latas abertas suicidadas de andares mais altos.

R e A comprimiam U emagrecendo rua e crianças vinham acariciá-la com patins riscando-a com ruído de rodas. Botões despregavam-se em cores alegres de roupas que corriam e calçada tragava-os como se fossem remédio.

Deslocou-se de onde estivera sentado porteiro sem farda músculo furando malha de camisa. Deslizava pela ladeira abaixo enquanto notas musicais passavam inflacionadas sobre seu tamanho raspando-lhe a brilhantina do cabelo.

Paria musicaacaixapretadesom e moça de 13 anos seios enfaixados por vestido que não crescia livrou-se da prisão do elevador que a con

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Rua tinha sido traçada mais estreita do que as demais e homens pequenos subiam declive para poderem construir prédio grande. Guindaste fora montado em sistema de rede de aço e levava material de construção depositando-o em prateleiras de concreto onde pequenos homens pintados de cal acertavam com pás arestas de colunas. Edifício estava sendo plantado em cima da firmeza de terreno mas debaixo do marrom da terra 1 rio lambia a fundação que frankies de estacas fincavam em músculos de chão.

Sol saíra para passear de sua vigésima casa e entrara para visitar pavimentos do edifício que estava sendo feito a fim de vê-lo crescer. Secava reboque de paredes e enquanto descorava tijolos impelia-os a proliferarem.

Construção tornava-se adulta ultrapassando outras que a olhavam de áreas distantes fazendo-a sentir-se o pai de todos os prédios-dedos erguidos para o céu.

Dia começava a se apagar transformando-se em noite. Vento de Este a Norte rondando Sudoeste fez sineta bater e som metálico escapulido dela tirou mãos de homens pequenos de cima de ferramentas esvaziando pre-janelas onde antes estiveram pendurados trabalhando-as com madeiras. Desprenderam homens pernas e braços pequenos dos buracos de janelas deixando-as vazias e cantando cantos que moravam dentro de suas gargantas tiveram o peso de seus corpos trazidos para baixo pelo elevador que brincava de peneirá-los no espaço enquanto solto ao ar livre todo ele se aproximava do chão.

O personagem virou de bruços no chão, segurou as pernas que sobravam e passou a balançar o corpo, encostando queixo e joelho no chão.

O elevador foi subindo com 1 assaltante que o pegou de carona quando viu a bolsa da velha que o chamam do térreo roncar de dinheiro. Perguntou até onde iria ela subir e ao obter a resposta, desmontou-a com o joelho fechando-lhe a boca com uma das mãos enquanto a outra estuprava o forro da bolsa a procura de dinheiro esticado em compartimento de carteira junto com notas escapadas para sempre da caixa de realejo preta. Az saltante jogou velha para cima de vestíbulo fazendo marca roxa no chão no branco do mármore e apertando botão reintegrou-se no rio rápido de rua às pessoas que andavam com radares  procurando não se esbarrarem. Ninguém existia a não ser quando olhos pro acaso se cruzavam. O homem e a mulher que estavam em cima do de cima na cama faziam amor há 3 meses. A cama gemia e eles estalavam arfando teto que ascendia luz em lapidações de cristais pendurados no corpo de lustre.